Esperança Garcia

“Primeira advogada piauiense”

Esperança Garcia viveu na região de Oeiras na fazenda de Algodões, esta fazenda, juntamente a outras dezenas de estâncias, pertencia à Inspeção de Nazaré, onde é hoje o município de Nazaré do Piauí.

Mulher negra, mãe, escravizada e com o ato de coragem escreveu uma carta em 06 de setembro de 1770, endereçada ao governador da capitania do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus tratos sofridos por ela, seus filhos e companheiras. Longe do marido e dos filhos maiores, usou a escrita como forma de luta para reivindicar uma vida com dignidade.

Essa é uma das primeiras cartas de direito que se tem notícia no Brasil. Em reconhecimento da importância histórica do documento escrito por Esperança, atendendo às reivindicações do movimento negro no Piauí, a data de 6 de setembro foi oficializada como o Dia Estadual da Consciência Negra, em 1999. Em setembro de 2017, 247 anos depois da escritura da carta, através de solicitação da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra do Piauí, Esperança Garcia foi reconhecida pela OAB/PI como a primeira advogada piauiense.

Fontes consultadas:

>>  A-Carta-de-Esperanca-Garcia_DocumentoFINAL.pdf (culturadigital.br)

>> Dossiê Esperança Garcia

>> Esperança Garcia | Esperança Garcia (esperancagarcia.org)