Arte santeira é tema da I Oficina de Artesanato para Arquitetos

Arte santeira é tema da I Oficina de Artesanato para Arquitetos

A oficina foi ministrada pelo Mestre Dim que ensinou um pouco da arte santeira.

Com o intuito de promover e fortalecer a ligação entre o artesanato e a arquitetura, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio da Superintendência de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Sudarpi) promoveu, na manhã desta quarta-feira (08), na Central de Artesanato Mestre Dezinho, a I Oficina de Artesanato Piauiense para Arquitetos. 

Nesta primeira edição participaram 12 arquitetos que conheceram um pouco mais sobre a arte santeira e produziram uma peça em madeira. A oficina foi ministrada pelo Mestre Dim, discípulo de Mestre Dezinho, e contou o apoio do artesão Rondinelio Araújo, conhecido como Xexeu.  

Durante a oficina, Mestre Dim ensinou aos arquitetos como usar a faca, a madeira, as técnicas e algumas habilidades para produzir o entalhe. “Nosso intuito aqui  é mostrar o dia a dia do artesão, que trabalha e se dedica na arte de fazer peças únicas e que representam nossa identidade. Usamos a figura da carnaúba para desenvolver a técnica do entalhe em madeira e muita arte foi produzida”, destaca o mestre.  

Para o arquiteto Áureo Tupinamba, entender o processo do produto foi muito enriquecedor. “Participar da oficina foi muito interessante porque abre um espaço de discussão entre duas pontas, que no meu caso não, pois eu trabalho com artesanato há 12 anos, mas elas são normalmente duas pontas bem distantes: o arquiteto e o artesão, cada um em sua comunidade. Mais do que chegar ao produto perfeito é conhecer o processo, o método e o quanto a gente pode avançar. Mais do que ter uma peça pronta é entender como se faz, como se pensa a talha, o corte na madeira”, frisa.    

Segundo o Superintendente do Artesanato Piauiense, Ícaro Machado, essa foi a primeira oficina direcionada para os arquitetos. “Planejamos outras edições da oficina com outras tipologias do artesanato piauiense como cestaria e tecelagem. Essa oficina foi um momento de proporcionar ao arquiteto uma vivência, uma prática com a arte santeira. Foi trabalhado o entalhe e buscamos transmitir quais os processos que estão por trás do produto do artesão”, aponta o gestor.

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